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DRONES AGRÍCOLAS TEM CRESCIMENTO NO MERCADO DA AGRICULTURA NOS ÚLTIMOS ANOS

Segundo agricultores, o drone é capaz de produzir até 16 hectares por hora dependendo do tamanho do tanque da calda e com baterias que duram em média 15 minutos.

As plantações de soja, milho, arroz, banana e até mesmo café possuem hoje uma nova técnica de aplicação em comum: a pulverização por drones.

Anteriormente, muitas destas lavouras possuíam tratores com pulverizadores e aeronaves aplicando de forma aérea, mas hoje em dia este procedimento tem mudado com o avanço da tecnologia. Devido às grandes perdas devido ao amassamento das lavouras e compactação do solo causado pelos tratores, foi necessário iniciar a pulverização de forma aérea, mas ainda não foi o suficiente.

As plantações de banana, em especial, geralmente localizadas em encostas de serras e terrenos íngremes, se fez necessário uma nova tecnologia que vem crescendo nos últimos tempos, e decaindo as aplicações aéreas neste tipo de lavoura, causado pela grande dificuldade da aplicação por avião.

Como explica Roberto Negreiro, proprietário de uma empresa de pulverização por drones no estado do Rio Grande do Sul, e professor do curso de aplicação por drones, o avanço da tecnologia dos drones pulverizadores é incrível. Hoje um equipamento é capaz de executar 15 hectares por hora, com baterias que duram em média 15 minutos, mas de fácil carregamento. Além de ser um equipamento simples de operar, o drone permite que até em dias ruins em que avião não conseguem trabalhar, eles operam normalmente em sua funcionalidade.

O equipamento é indicado principalmente para pequenas lavouras, ou aquelas com difícil acesso aos maquinários e aéreas quebradas, no qual as aeronaves não fazem uma boa aplicação.

A TECNOLOGIA

Os drones possuem uma alta tecnologia de rastreabilidade do terrenos e tudo ao seu redor. Ao se deparar com uma árvore alta, o drone capta a informação e faz o desvio sem sofrer qualquer tipo de dano. Além disso, as baterias duram pouco, mas são extremamente úteis, o que faz da tecnologia um avanço.

“Ao iniciar a sua pulverização, o equipamento solicita ao piloto que faça uma marcação no GPS, livre de obstáculos para sempre que necessitar, como em caso de bateria fraca ou calda acabando, volte a esse local indicado para fazer o seu reabastecimento, e após, volta a sua atividade de onde parou”, afirma Roberto.

Todo voo durante a aplicação é gravado por um sistema de nuvem, e fica armazenado todo o trajeto percorrido, os obstáculos que possa haver, e as dimensões do terreno. O proprietário da lavoura, por sua vez, tem um acesso onde pode monitorar toda aplicação feita, e em uma possível futura aplicação, o equipamento fará novamente todo o percurso totalmente sozinho, sem novas calibrações.

A ACEITAÇÃO NO MERCADO

O avanço da tecnologia é tão grande, que a aceitação pelos agricultores tem sido extremamente alta.

“Principalmente aqueles pequenos agricultores, onde anteriormente fazia toda aplicação manual, e demorava dias para fazer seu pequeno pedaço de terra, são os que aceitaram com maior tranquilidade”, afirma Roberto.

Pedaços de terras onde eram feitos em 1 mês de aplicação manual, com a nova técnica de aplicação é feita em 5 dias, ou até menos se tudo colaborar com a operação, apesar de ser um investimento um pouco mais caro para o agricultor.

COMO INGRESSAR NO MERCADO DE DRONES PULVERIZADORES

Segundo a Portaria nº 298 do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), é obrigatório que a pessoa que for operar o equipamento precisa ser qualificada no curso CAAR (Curso de Aplicação Aeroagrícola Remota), além do equipamento estar em dia com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

Os requisitos para ser um profissional é simples:

  • 18 anos completos
  • Curso CAAR completo, em uma escola homologada pelo MAPA

“É uma tecnologia que veio para ficar. E muitas pessoas me questionam sobre o fim da aplicação aérea. Acredito que tenha mercado para ambas as técnicas, como é um exemplo de grandes propriedades rurais que possuem 200 mil hectares, mas algumas porções são áreas quebradas onde a aeronave não faz uma boa aplicação. Nesta parte chegará o drone para revolucionar”, finaliza Roberto Negreiro instrutor chefe do curso CAAR.

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